O nome do nosso site faz referência e homenagem à antiga revista “Bandeira Vermelha”. Em 1958, o Comitê Central do Partido Comunista da China realizou uma conferência na cidade de Chengdu, onde a direção dos comunistas chineses discutiu uma série de assuntos relacionados ao processo de construção do socialismo na China. Durante a conferência, Mao Tsé-tung deu a sugestão de que o Partido Comunista deveria estabelecer uma publicação teórica para discutir os problemas do marxismo e a necessidade do desenvolvimento da teoria revolucionária no contexto do avanço da construção socialista. Dessa proposta surgiu a revista “Bandeira Vermelha”, ou Hongqi em chinês. A revista desempenhou um papel importante na promoção dos debates políticos e ideológicos na China até o ano de 1988, quando o Comitê Central decidiu pelo término de sua publicação, substituindo-a pela revista Qiushi, em circulação até os dias de hoje.

A ascensão da República Popular da China vem estimulando o surgimento de inúmeras teorias e investigações que buscam entender o caráter de desenvolvimento que aquele país atravessa desde sua fundação em 1949, passando por eventos como a “Revolução Cultural” (1966-1976) e a “Reforma e Abertura” (1978 até os dias atuais). No Ocidente, a grande maioria das investigações sobre a China é realizada a partir de perspectivas políticas e ideológicas de caráter liberal, “desenvolvimentistas” e anti-comunistas nos seus mais diversos matizes. Sendo assim, com o lançamento deste site, buscamos suprir uma lacuna, apresentando ao público brasileiro análises e teorias de orientação abertamente marxista-leninista, realizadas por intelectuais, acadêmicos e trabalhadores chineses. Também publicaremos artigos e análises marxistas sobre a China feitos por autores não chineses.

Esperamos que a Revista Hongqi possa servir como uma importante ferramenta na promoção do debate teórico e de luta de ideias em torno da questão do socialismo na China, servindo de referência para que pesquisadores, investigadores, lideranças políticas de partidos e movimentos de massa em nosso país tenham acesso direto ao que pensam os marxistas e comunistas no interior da República Popular da China.

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